Resenha Dupla: A Herdeira & A Coroa
A resenha não contém spoilers de nenhum dos dois livros!
Então que após um longo tempo (okay, não tão longo assim) eu li os dois novos livros da série A Seleção. Já começo sendo honesta dizendo que por mais que eu adorei a Kiera eu achei toda essa ideia de mais dois livros bem absurdas. Para mim, até então, A Seleção era a clássica com a America e tava tudo muito lindo, obrigada. Após o primeiro livro sair e eu me deparar com váaarios comentários negativos sobre Eadlyn eu fiquei com muito receio de acabar lendo e odiar, mais do que provavelmente eu odiaria com o meu pré-julgamento anterior. E mesmo após algumas colegas blogueiras comentarem sobre A Coroa de forma não positiva eu acabei por decidir que seria agora ou nunca que leria esses dois. E bom, como li em sequencia sei que não conseguiria escrever as minhas impressões de forma separada, então por isso a decisão de fazer uma resenha dupla. Volto a repetir: A resenha não terá spoilers.
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Foto: Da Imaginação à Escrita |
A minha maior preocupação com a leitura era Eadlyn. Vi todos dizendo o quanto ela é uma garota detestável, mimada, egoísta e arrogante (além de outras coisas) e só pelas resenhas eu já a odiava. Então iniciei a leitura com um pé suuuper atrás em relação a protagonista. De fato encontrei uma personagem com essas caracteristicas, entretanto eu não as considerei uma falha tão grave já que tudo o que eu conseguia ver nessa menina é que ele tem caracteristicas bem humanas, com todos seus defeitos e acredite se quiser: qualidades. Tudo o que ela é os créditos eu atribuo aos pais, que a criaram sempre exaltando a sua importância como futura rainha e justamente por ser a futura rainha que, muitas vezes, ela acabou criando uma barreira entre ela e outras pessoas que não fazem parte do circulo de amizade de sua família. É bem evidente isso pelos comentários ao longo dos dois livros sobre o que o povo acha dela. A princesa tem uma mudança bem significativa no decorrer dos livros. Ela entende a importância do seu futuro cargo e principalmente a importância que ela tem para seu país. Então sim: Eu gostei dela desde o inicio e queria pega-la no colo e protege-la de todos os comentários negativos que li sobre ela (vocês julgaram a garota da mesma forma que o povo fazia com ela no livro, mas o pior é saber que os leitores sabiam muito mais da garota do que o povo e ainda assim a julgaram daquela forma).
A seleção de Eadlyn não serviu apenas para distrair o povo e evitar rebeliões e encontrar aquele deve ser marido; Muito mais do que isso ele serviu para faze-la enxergar, de fato, que existe todo um mundo lá fora que ela não conhece com os próprios olhos. Pessoas com quem ela, provavelmente, nunca teria a oportunidade de ter algum contato. Pessoas que mostraram a ela que nada é fácil e que por mais que as conquistas de seus pais tenham sido benéficas ainda não eram perfeitas.
— (...) Só acho que você precisa encarar isso com a mente aberta. Você é uma das pessoas mais isoladas do país, mas isso não quer dizer que deva ficar na defensiva o tempo inteiro. Você precisa viver um romance pelo menos uma vez na vida.
A Herdeira
Esta duologia não se diferenciou muito da trilogia original, focando bastante no romance e nos Selecionados. A autora criou situações que poderiam deixar a Princesa em risco, mas eu achei que elas foram um pouco forçadas... É sempre mais difícil quando tem um grande numero de pretendentes arrumar desculpa para elimina-los e acho que Kiera não se empenhou muito nessas cenas. Também teve o fato de que ela colocou pouco esforço na personagem para conhecer seus pretendentes (é de conhecimento geral que Eadlyn não queria uma seleção e como a própria sinopse diz ela acaba mudando de ideia no percurso) após perceber que a ideia não é tão ruim de fato. Por mais que no inicio eu tenha tido, de cara, dois favoritos eu senti vontade de conhecer um pouco mais de outros garotos que tiveram o nome citado em algum momento na obra.
Por mais que, mais uma vez, Kiera tenha corrido com a conclusão do livro eu posso afirmar que eu fiquei relativamente contente com a decisão final de Eadlyn. Eu sei que não fiz resenha da trilogia original mas sempre comentei por ai que achei o final de A Escolha muito nonsense e corrido, por mais que tenham acontecido coisas tristes foi um final muito fácil de ser feito e mais uma vez Kiera foi por esse caminho. Ela tem a mão de deixar tudo muito simples para seus personagens terem o final feliz que eles merecem e, tá... okay, okay, mas eu sou uma leitora que gosta de mais emoção. E sim, eu ter ficado feliz se deve principalmente ao fato de a garota ter escolhido o cara com quem eu queria que ela ficasse (sei que disse que tinha dois favs, mas ao longo da leitura o garoto em questão me conquistou muuuito); mas infelizmente não posso especificar a minha "raiva" do quanto foi fácil para ela devido aos últimos acontecimentos com os cinco jovens restantes. Entretanto eu não posso negar que Kiera deu a dica para os leitores desde o dia em que Eadlyn sorteou os nomes no Jornal Oficial
— Você tem que abraçar a ideia de imperfeição, mesmo na coisa que é mais perfeita para você.
A Coroa
Eu sei que acabei focando o meu texto apenas em Eadlyn e deixando de lado alguns personagens como os pretendentes. Mas acho melhor não citar nomes e falar sobre eles pois tenho certeza que não conseguiria falar de modo neutro e acabaria entregando para vocês. Quanto a Família Real a única coisa que é sempre evidenciada ao leitor é o quanto eles se amam e se apoiam. Dos irmãos da Princesa o único que ganha mais destaque na narrativa é o gêmeo Ahren. De todo o mais a história foca mesmo na importância e poder de Eadlyn, sempre salientando que ela é uma mulher e que esse tipo de coisa é inédito em Illéa.
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